26.01.2024

Bateu? Tomou!

Cachaceira e cachaceiro do meu coração,

Estamos na reta final do tão temido “dry january”, ou janeiro sem álcool, e eu tenho que admitir que eu quase desisti várias vezes, especialmente agora que estou retornando ao mundo da sommelieria. Na real? é tão gostoso bebericar uma cachacinha depois de um dia estressante…  bem, está quase acabando e o fígado agradece, né?

Entre xícaras e mais xícaras de chá que estão me ajudando a curar uma gripe que não quer ir embora, eu decidi abordar um assunto nada etílico mas que está super presente na coquetelaria e na culinária brasileira. O tal do leite condensado!

Eu estava escutando o Podcast do aclamado Rafael Mariarchi quando ele convidou o Rogério Rabbits para conversar do assunto. Aliás, se você ainda não escutou o “Uma dose de história”, eu recomendo demais que você corra pra conferir.

Você sabia que o Brasil é o país que mais consome leite condensado no mundo??? Dados da Euromonitor demonstram que dos 3 bilhões de litros de leite condensado utilizados globalmente, cerca de 335 milhões de litros é consumido por brasileiros, o equivalente a 11%!!!  (leia mais aqui).

Porém, apesar da popularidade do leite condensado na nossa culinária e na coquetelaria, o Rogério, que é uma verdadeira enciclopédia da coquetelaria, conta que as batidas originais não levavam leite condensado como as de hoje. Quanto muito, uma batida de amendoim levava creme de leite e xarope de bar ou açúcar mesmo.

O leite condensado entrou nos lares brasileiros em algum ponto nos anos 50, porém foi entre os anos 80 e 90 que ele ganhou muita popularidade. Há quem diga – e eu concordo, diga-se de passagem – que o próprio leite condensado tirou muito da cultura doceira brasileira.

Pense naqueles doces tradicionais de vovó: onde antes haviam compotas de abóbora, doces de mamão, etc agora encontramos pavês de travessa ou qualquer outra coisa que leve muito leite condensado e gelatina incolor. Veja bem, não é uma crítica ao leite condensado! Apenas uma reflexão que algo está se perdendo por aí… muito açúcar, muita coisa industrializada! Além de ser um desperdício não consumir todas aquelas frutas brasileiras extremamente exóticas!

Vou deixar o link do Podcast “Uma dose de história” do Rafa e o perfil do Rabbits pra vocês conferirem o que essas feras tem feito! Apoie o trabalho de profissionais brasileiros – visite os perfis e deixe um salve etílico!

Um beijo nada etílico pra você e continue firme, faltam apenas 5 dias para janeiro acabar!

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